Thursday, February 07, 2008

Lembra-me de Existir


Sempre que eu me esqueça de abrir os olhos a uma flor que se humedece de prazer no orvalho matinal ou sempre que eu não delinear um sorriso perante um gato que se espreguiça na soleira de uma porta aquecida pela luz solar cálida, recorda-me que vivo e que também posso ser Sol, Luz líquida e transparente que se preenche de pureza. Retoma-me num ponto perdido do horizonte onde o meu olhar se terá perdido e indica-me o itinerário do que adivinhará uma viagem de descoberta e de deslumbramento para um mundo onde felicidades vorazes me invadem sem que o tempo seja um fantasma assombrado e ladrão da minha vida.

Inacabamentos...


Sentada numa cadeira absorvendo o calor lento do sol, procuro a tua existência numa nuvem que invento só para mim, ali, no alto, ao lado do sol. É lá que te vislumbro: pensativo, a contemplar um ponto perdido algures num infinito do teu mundo que anseio seja meu também. E nesse mundo existem cores e luzes difusas, uma humidade morna no teu sorriso entreaberto de uma timidez cúmplice.E alimento-me desse teu sorriso, e há alguma luz que em mim se acende e irradia raios que se extravasam numa imensidão de estrelas multicolores e translúcidas. Sentada numa cadeira, abro os olhos...a nuvem passou sem que a luz quente e lenta do sol deixasse de me aquecer, o tempo flui e tu seguiste numa nuvem agora ausente.