Interlúdio de uma alma serena
Já não tenho medo do vazio, somente uma necessidade cada vez mais atenta em preenchê-lo, em procurar pequenos e grandes elementos que cubram todo um espaço ansioso de novos cheiros, de curiosos sorrisos, de cores únicas e de olhares puros e abertos. Sou eu, todos os dias em espera de uma manhã que me acorde, de um fim de tarde onde repouse o meu espírito e de uma noite que me aconchegue e me cure de um satisfeito cansaço. Quero do sol a luz que me cega os olhos com a sua intensidade, do vento o ar que me agita e segue o seu rumo para além de mim, da água o líquido que me acolhe e refresca as frontes. Quero ser eu, quero ser outra que não eu, quero ser e não ser, quero viver sendo eu tomada de outros eus curiosos em ocupar-me. No fundo, quero ser, acima de tudo ser.
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